8M - Paralisação Internacional das Mulheres - SP

"Setores espontâneos independentes e coletivos feministas se mobilizaram no Brasil para atender ao chamado de Angela Davis, Nancy Fraser e outras feministas para conformar uma Paralisação Internacional das Mulheres, o vulgo 8M. O Nenhuma a Menos na Argentina nos impactou particularmente, pois nós também vivemos uma realidade muito parecida com o cenário de violência sexista da Argentina. O Fórum de Segurança Pública do Brasil constatou em 2014 que uma mulher é violentada a cada 11 minutos. Nos sentimos no mesmo barco. Além das argentinas, prometem aderir à paralisação do 8M feministas da Austrália, Bolívia, Chile, Costa Rica, República Checa, Equador, Inglaterra, França, Alemanha, Guatemala, Honduras, Islândia, Irlanda do Norte, Irlanda, Israel, Itália, México, Nicarágua, Peru, Polônia, Rússia, El Salvador, Escócia, Coreia do Sul, Suécia, Togo, Turquia, Uruguai e EUA. O Brasil resolveu entrar na dança, mostrar que temos fibra pra lutar, e que caminhamos juntas.

Há uma vontade de mudança, de potencializar nossas forças sem calar dissensos, criando uma unidade a partir de consensos mínimos e pontuais. O movimento não é vertical, ele gira em roda Estamos sendo atacadas de diversas frentes, como a usurpação de direitos fundamentais como a previdência, a secretaria de políticas públicas para mulheres foi fechada, o eixo do discurso dos deputados e senadores que deram o golpe que derrubou a primeira presidente mulher da nossa história foi a família nuclear. “Em nome da família” é uma resposta que está comprometida com um modelo de família que exclui laços homoafetivos, relações não monogâmicas, a liberdade de uma mulher não querer casar e ter filhos, etc. Ninguém se elege no Brasil se falar em legalização do aborto. As mulheres negras, que estão na base da pirâmide socioeconômica, são as mais vulneráveis às crises do capitalismo, as que têm seus filhos assassinados pela PM, e ocupam os postos mais precários de trabalho. As mulheres lésbicas são invisibilizadas. As pautas que envolvem as mulheres são muitas e urgentes.

Estamos nos propondo a modificar as bases da cultura, uma luta mais abstrata que as especificidades de nossas bandeiras, mas o que nos unifica é afirmar a potência e a independência da mulher, de nossas batalhas anteriores e futuras que permeia nossa existência: o feminismo, a equidade de gênero."

Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/1872567573029232/

Local: 
MASP - Avenida Paulista - São Paulo / SP
Quando: 
quarta-feira, 8 Março, 2017 - 00:00
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